
O diálogo foi o seguinte:
Tire essas mãos de cima de mim. Não sou digitável! Nem palatável. Mas sou lível e traduzível. É só me (“ex”)colher com critério e, de mansinho, me tirar da estante. Sua mãe não ensinou, não? (a culpa é sempre da mãe...) Primeiro você pega a minha mão. Depois (bem depois!), você vem com a sua “all over me”! Porra... Sem a porra do romance, ”porra nenhuma” me dá prazer...
A resposta foi:
Hã?
Aí eu quis dizer mais do que “porra”. Quis dizer palavras impronunciáveis. E, muito mais, “indigitáveis”. Será que não fui clara? Tão clara quanto a água. Do Tietê. Tão clara quanto a lama em que fui me meter. Devia ter falado mais alto. Mas ele estava sem óculos.
Não quero os dígitos da identidade. Dela, quero seu nome. E sobrenome. Quero conhecer aqueles outros nomes. Saber de onde você veio.
Não quero a Era Digital. Nem o mundo digitalizado. Nem a máquina digital. Não quero digitar esse texto. Quero escrever “à pena” e apenas. Duras penas de um macio travesseiro. Quero o livro indigitado. Quero o celular analógico. Não, não quero celular. Não quero precisar. Quero ser imprecisa. Como uma impressão. Digital. E haja confusão mental... Não quero fingir que não sei. Quero apenas não saber. Não quero mais conselhos. Não quero terapia. Não quero ouvir vocês.
Só quero as digitais.
Tire essas mãos de cima de mim. Não sou digitável! Nem palatável. Mas sou lível e traduzível. É só me (“ex”)colher com critério e, de mansinho, me tirar da estante. Sua mãe não ensinou, não? (a culpa é sempre da mãe...) Primeiro você pega a minha mão. Depois (bem depois!), você vem com a sua “all over me”! Porra... Sem a porra do romance, ”porra nenhuma” me dá prazer...
A resposta foi:
Hã?
Aí eu quis dizer mais do que “porra”. Quis dizer palavras impronunciáveis. E, muito mais, “indigitáveis”. Será que não fui clara? Tão clara quanto a água. Do Tietê. Tão clara quanto a lama em que fui me meter. Devia ter falado mais alto. Mas ele estava sem óculos.
Não quero os dígitos da identidade. Dela, quero seu nome. E sobrenome. Quero conhecer aqueles outros nomes. Saber de onde você veio.
Não quero a Era Digital. Nem o mundo digitalizado. Nem a máquina digital. Não quero digitar esse texto. Quero escrever “à pena” e apenas. Duras penas de um macio travesseiro. Quero o livro indigitado. Quero o celular analógico. Não, não quero celular. Não quero precisar. Quero ser imprecisa. Como uma impressão. Digital. E haja confusão mental... Não quero fingir que não sei. Quero apenas não saber. Não quero mais conselhos. Não quero terapia. Não quero ouvir vocês.
Só quero as digitais.
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