
Encontrou seu namorado. Achava estranho chamá-lo assim, mas já que era o único que quisera um compromisso sério com ela em dois anos... resolveu aceitar. Ele apareceu na festa com uma pasta amarela. Mas ela nem percebeu. Seus amigos chegaram. O namorado não se entrosava. Ela ficava irritada. Era seu aniversário.
Para seu desespero, o amigo “do outro” se aproxima. É. O amigo daquele por quem o coração quer sair pela boca como gorila preso na jaula. O amigo daquele homem-cometa, que passa, não fica, mas cuja visita vale a pena. Toca o celular do amigo. É ele quem liga. O homem-cometa. A primeira e última pessoa que ela queria agora. O amigo, “muy amigo”, nem atende. Passa o telefone pra ela. E ele aparece atrás dela, enquanto ela ainda acha que lhe fala ao telefone. “Vocês fazem um belo casal”. Ele ironiza. Ela disfarça. Ele vai embora com o amigo, enquanto ela escreve, num olhar de desespero, pra amiga (tinha que haver uma amiga!), que quer ser tirada dali de qualquer jeito. A amiga lê. E providencia: “vamos ao banheiro?” “Vaaaaaa-moooooooo!!!”
Era o que ela precisava. Antes de discar, “hesita entre o bom senso e o bom sexo”. E daí, entre o sim e o não, opta pelo “foda-se”. Liga. Ele atende. Acaba o cartão. Ele liga de volta. “Cadê você?” “No mesmo lugar.” “Vem pro lado esquerdo do palco.”
“Não quero brincar de gente grande mais não...Devolve minha pazinha???”
Carolina Sousa Martins
Para seu desespero, o amigo “do outro” se aproxima. É. O amigo daquele por quem o coração quer sair pela boca como gorila preso na jaula. O amigo daquele homem-cometa, que passa, não fica, mas cuja visita vale a pena. Toca o celular do amigo. É ele quem liga. O homem-cometa. A primeira e última pessoa que ela queria agora. O amigo, “muy amigo”, nem atende. Passa o telefone pra ela. E ele aparece atrás dela, enquanto ela ainda acha que lhe fala ao telefone. “Vocês fazem um belo casal”. Ele ironiza. Ela disfarça. Ele vai embora com o amigo, enquanto ela escreve, num olhar de desespero, pra amiga (tinha que haver uma amiga!), que quer ser tirada dali de qualquer jeito. A amiga lê. E providencia: “vamos ao banheiro?” “Vaaaaaa-moooooooo!!!”
Era o que ela precisava. Antes de discar, “hesita entre o bom senso e o bom sexo”. E daí, entre o sim e o não, opta pelo “foda-se”. Liga. Ele atende. Acaba o cartão. Ele liga de volta. “Cadê você?” “No mesmo lugar.” “Vem pro lado esquerdo do palco.”
“Não quero brincar de gente grande mais não...Devolve minha pazinha???”
Carolina Sousa Martins
Um comentário:
É... as vezes, a gente tá brincando de "pazinha" e nem sabe...
;D
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