
E depois ainda serei "a louca".
O despertador, por exemplo. Desperta a dor! Pra que se cria algo assim? Objeto de tortura? E esse nome "auto-descritivo-destruitível"? Que nem deputado, reputação, computado... Tudo com "puta" no meio.
E depois ainda serei "a louca".
Ih! Não era o despertador. Era o ex-futuro ligando. Separou de novo. Separa, volta, separa, revolta. "Cê" para???
E depois ainda serei "a louca".
Eu já reparei e parei. E, depois que parei, consegui disparar.
E depois ainda serei "a louca".
Eu já falei: não SEREIAMANTE! Quero um "sereio"! Mas, de amante, não. Diamante, só lapidado, no dedo, ou negro, na boca.
E depois ainda serei "a louca".
Dedo, boca... Lá vem ele outra vez...
E depois ainda serei "a louca".
Só que hoje eu 'tô escrachada. Deixo o crachá em casa pra não ser identificada. É que todo Carnaval tem seu fim. Pode rasgar a fantasia. A sua quarta-feira já virou cinzas.
E depois ainda serei "a louca".
Nada é mais fisicamente conectado. Largo o telefone sem fio e volto pra cama. Sem a covardia da tecnologia. Contudo, vou sem nada. Aí, sim, confio. Com fio, a vida comtinua. Mesmo que por um fio.
E depois ainda serei "a louca".
"CoNtinua", Carol. Não. Comtinua. É pecado escrever letras em vão. Com ti, contíguo, com ti nuar (gostei desse verbo). No ar. Comtinuamente. Sem mentir.
E depois ainda serei "a louca".
Deixa estar. Deixa a louCURA e a fresCURA fazerem sentido. Sem re-sentimentos. Na vida, incontida. Hoje me levanto e dispenso o café. Traz a máquina de fazer cafuné. E me liga na tomada, por favor. Nisso eu com fio. Fisicamente conectada. Contudo, vôo sem nada.
E depois ainda sereia louca.
Carolina Sousa Martins
O despertador, por exemplo. Desperta a dor! Pra que se cria algo assim? Objeto de tortura? E esse nome "auto-descritivo-destruitível"? Que nem deputado, reputação, computado... Tudo com "puta" no meio.
E depois ainda serei "a louca".
Ih! Não era o despertador. Era o ex-futuro ligando. Separou de novo. Separa, volta, separa, revolta. "Cê" para???
E depois ainda serei "a louca".
Eu já reparei e parei. E, depois que parei, consegui disparar.
E depois ainda serei "a louca".
Eu já falei: não SEREIAMANTE! Quero um "sereio"! Mas, de amante, não. Diamante, só lapidado, no dedo, ou negro, na boca.
E depois ainda serei "a louca".
Dedo, boca... Lá vem ele outra vez...
E depois ainda serei "a louca".
Só que hoje eu 'tô escrachada. Deixo o crachá em casa pra não ser identificada. É que todo Carnaval tem seu fim. Pode rasgar a fantasia. A sua quarta-feira já virou cinzas.
E depois ainda serei "a louca".
Nada é mais fisicamente conectado. Largo o telefone sem fio e volto pra cama. Sem a covardia da tecnologia. Contudo, vou sem nada. Aí, sim, confio. Com fio, a vida comtinua. Mesmo que por um fio.
E depois ainda serei "a louca".
"CoNtinua", Carol. Não. Comtinua. É pecado escrever letras em vão. Com ti, contíguo, com ti nuar (gostei desse verbo). No ar. Comtinuamente. Sem mentir.
E depois ainda serei "a louca".
Deixa estar. Deixa a louCURA e a fresCURA fazerem sentido. Sem re-sentimentos. Na vida, incontida. Hoje me levanto e dispenso o café. Traz a máquina de fazer cafuné. E me liga na tomada, por favor. Nisso eu com fio. Fisicamente conectada. Contudo, vôo sem nada.
E depois ainda sereia louca.
Carolina Sousa Martins
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