sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Breve filosofar sobre o amor familiar

(a imagem acima está disponível em gatheredangels.blogspot.com)


Hoje o mundo não é mais quadrado. Um dia foi. Mas, ainda hoje, se diz, pelos “quatro cantos do mundo”, que amor de mãe é incondicional. Talvez não seja. Ele tece uma dívida que espera (e é justo que espere) motivos para se orgulhar; uma dívida que espera (e é justo que espere), no fim da vida, cuidados, retribuição, qualidade de vida... Mas não seria a vida sozinha a própria qualidade? Não seria amor incondicional aquele cuja recompensa é o próprio amar? Não seria amor incondicional aquele focado na motivação, e não no resultado? E, por outro lado, não seria a família aquela microsociedade que infere os motivos a partir dos resultados? Não seriam pai, mãe, irmão e tia aqueles seres que mais se amam e que menos se conhecem?


Carolina Sousa Martins