sexta-feira, 20 de maio de 2011

POR UMA VIDA MIÓ

(imagem disponível em holytaco.com )


Jornalistas reprovaram. Professores reprovaram. A ABL reprovou. E uma Procuradora da República previu uma série de ações judiciais. Parece que só mesmo o Programa Nacional do Livro Didático, do MEC, aprovou.

“Por uma vida melhor” é o nome do “livro” que defende ser correto falar “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado”. É um “livro didático” de Português! E foi efetivamente aprovado por uma comissão do MEC. Comissão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mas antes que comecem a insinuar, sou obrigada a alardear: esse não é o linguajar potiguar!

Mas a autora, Heloísa Ramos, pondera. Falar assim pode ensejar “preconceito linguístico”! Acontece que, pela lógica que parece ser o panorama desse preconceito identificado pela autora – a lógica da institucionalização da ignorância -, se somados cem mil reais gastos em materiais de construção, numa obra pública, a outros cem mil reais pagos pela mão de obra, o montante a ser retirado dos cofres públicos é de trezentos mil reais! E a vítima ainda é o ladrão...

Infelizmente, o MEC selecionou o livro, em evidente desserviço à educação (ou serviço à deseducação?) e, agora, “lava as mãos”:
“- Não somos o Ministério da Verdade. O ministro não faz análise dos livros didáticos, não interfere no conteúdo. Já pensou se tivéssemos que dizer o que é certo ou errado? Aí, sim, o ministro seria um tirano – afirmou um auxiliar do ministro Fernando Haddad, pedindo para não ser identificado.” (http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2011/05/15/mec-lava-as-maos-no-caso-dos-livros-com-erros-924468819.asp)

Será mesmo que o dever de aprovar ou não um livro “didático” é tirania? É por demais óbvio que o papel desse ministério seja, sim, selecionar as obras que orientarão os estudos. Mas, se não há análise do teor, qual o critério utilizado para que se escolham essas obras? Muito mais grave é dizer que não há proibição de conteúdo. Então selecione-se pela capa! Ou pelo autor! Assim, melhor se explicaria a frase “nós pega o peixe” (eles “pega o peixe” e quem não tem “peixe” fica “a ver navios”).

Aliás, observe que eles “pega” o peixe. Eles não “pesca” o peixe. Pescar dá muito trabalho. E é essa a verdadeira problemática subjacente à aprovação desse material para as escolas. É a institucionalização não só da ignorância, mas também da preguiça! Não importa que o livro eleito seja sobre táticas de guerrilha, nem tampouco racista ou homofóbico? Talvez não, se, para elegê-lo, for imprescindível o trabalho de ler. E foi esse o contexto que abrigou a defesa do Ministério da Educação, que afirma simplesmente não exercer ingerência sobre os livros escolares que aprova. Traduz-se em falta de compromisso. Perante demais professores. Perante alunos. Perante a sociedade.

E nada há de importar mesmo, na medida em que este não é o primeiro episódio sobre o assunto (haja vista o livro politicamente tendencioso aprovado para a educação pública: “História e Vida Integrada”). Trata-se de uma política educacional tendente a defender a deseducação, a incutir ideologias favoráveis ao governo PT e a tentar corromper a História, numa releitura (ou reescrita?) perigosa, desonesta, parcial e comprometida com o descompromisso, que se usa dos meios de comunicação para convencer.

Mas, pensando bem, esse descompromisso coincide perfeitamente com os ideais de perpetuação no poder (ideais esses que – justiça seja feita – são inerentes a quase todo homem que ocupa um cargo de soberano). Se Luís XIV fosse analfabeto, provavelmente proibiria o funcionamento de escolas e promulgaria uma lei para os estudantes. A lei do menor esforço. E se Maria Antonieta chamasse a si mesma de “estudanta”, após as críticas obrigaria a todos que a designassem por esse termo.

Para que se sustente a longo prazo a ideologia do menor esforço e da falta de compromisso, se faz necessário um eleitorado “dócil”, desarmado. E a apologia à ignorância, na era em que conhecimento é dinheiro, só pode ser entendida como manobra para inutilizar o adversário! Portanto (sem a pretensão de abrir a vasta discussão filosófica sobre a existência do certo e do errado), ensinar errado é divulgar uma informação falsa, em detrimento do concorrente. Assim sendo, se irão alegar “preconceito linguístico”, eu protesto: ensinar errado é concorrência desleal!

Ora, deixemos que os norte-americanos ignorem a existência de Santos Dumont, escrevam que a Amazônia é patrimônio da humanidade e ainda acreditem ter vencido a Guerra do Vietnã. E daremos a isso o nome de “lavagem cerebral”. Ou “alienação”. Abaixo do Equador, somos mais “adaptáveis”. Dane-se a Constituição. Altere-se a lei e crie-se a reeleição. Emende-se a lei e faça-se o “Aerolula”. Reforme-se a lei e o presidente doente dará vez a nova eleição. Mude-se a lei da gramática e “nós vai” falar correto. De fato, há poucas leis inegociáveis. Eu espero ansiosamente pelo dia em que o obstáculo for a lei da gravidade.

Os (poucos) que defendem o “livro” se revoltam contra as críticas, que dizem proceder de “não especialistas”. Por isso, esclareço que venho em defesa da língua pátria, não por ser pedagoga, nem formada em Letras, mas por ser alfabetizada e vislumbrar um país em que professores não confundam analfabetismo com regionalismo. Afinal, analfabetismo só é língua oficial em uma região: a “Região dos Analfabetos”! E, no futuro, ao descrever qual era o estágio da Educação em 2011, para os meus netos, não quero cometer o “pecado pleonástico” de usar: HÁ ÂNUS ATRÁS!!!

Carolina Sousa Martins

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Muito difícil ser mulherzinha

(a imagem acima foi retirada de stockphotos.it )


Adoro minhas amigas DJENSES!

Quérous! Estou em crise... Tentando ser mais mulherzinha, menininha... Usando salto, saia, maquiagem... Tudo rosa! Mas é FODA! Minha essência é djénse, favela, "devasssaaaaa"! Rsrsrs! Gosto de torresmo e cerveja no copo americano sujo! Eu queria ser a Lady Katy do Zorra Total quando ela lembra do passado! De shortinho de lycra cantando pagode! "Lua vai, iluminar os pensamentos dela..."...

Antigamente eu marcaria meu aniversário sem pestanejar no Calafão... Mas minha "tentativa cor-de-rosa" ten me deixado constantemente em cima do muro...

Semana passada eu confesso que até pequei... Fiz penitência por ter pulado, gritado e por ter feito coraçõezinhos com as mãos na frente do Babão... Tsc, tsc, tsc... Ganhei até uma palheta de presente que eu queimei com alcool, simbolizando assim o meu arrependimento... No dia seguinte, não tomei dramin, aspirina, neosaldina e aguentei sozinha o peso da ressaca como punição... Difícil... Muito difícil... Muito difícil ser mulherzinha... Mas eu vou conseguir! E darei meu testemunho em rede nacional!

Denise Andretta, my friend :)