sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sem poesia

(a imagem acima foi retirada do site www.photobucket.com )

Hoje estou sem poesia. Acordei com meu sagrado mau-humor matinal, regado pela sensação recente de que estou perdendo o trem da história. Acordei com uma melancolia “a la” Florbela Espanca ou “a la” Emily Dickinson, que disse que se tivesse que ser famosa, seria. Disse algo assim. Algo que me passou um “quê” de comodismo, de quem não vai à luta. Teve que morrer pra fazer sucesso. Parece também que ela era apaixonada por um cara, mas nunca se casou. É assim que estou me sentindo. Como um retardatário numa corrida, sendo ultrapassado a cada minuto.


Hoje eu não queria olhar pra esses pro-cessos-pro-blemas. Eu podia ter um trabalho como entregador de flores. Eu sei. Entregador de flores não costuma ser rico e ter aquela sonhada vida de glamour. Mas que deve ser uma terapia entregar flores, isso deve. Um dia eu ainda pago um entregador pra me deixar fazer o trabalho dele! Só por um dia... Afinal “sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem entrega flores”. Ser palhaço também deve ser legal. Tirando o circo, que eu detesto. Mas pra isso tem que ter dom! E acho que até pra ser palhaço tem que ter coragem!


Acredito que se escreva pra não explodir. Mas hoje eu queria é exorcizar essa covardia que parece ter se instalado em mim. Outro dia um cara me perguntou o que um homem tinha que fazer pra ficar a menos de 1 cm de distância da minha boca. Essa pergunta me intrigou, pois eu não soube responder. Fiquei tentando achar uma característica comum aos homens por quem já tinha me apaixonado. Hoje, um outro, sem saber, me deu a resposta: ímpeto! Na verdade, ele falou que eu gostava dele porque ele era impetuoso e eu não. Humpf! Que metido! (será que ele ‘tá certo?) Só sei que ímpeto é uma coisa que eu não tenho. Posso ser impulsiva. Mas não impetuosa. Sou segura pra muita coisa. Mas não pro campo amoroso. Sou medrosa, sim. Só faço o que todo mundo já fez antes. Acho o meu rostinho muito lindo pra ficar quebrando a cara. Mas acho que as mulheres gostam disso "neles"... Auto-confiança...


Antes que eu me esqueça, por falar em do que as mulheres gostam, aproveito pra dizer que acho que nossas reuniões de terça à noite deveriam se estender a um almoço na sexta. Acho que todos os gatinhos da cidade saem pra almoçar na sexta. Qualquer lugar... Carpe Diem, Faisão Dourado, Fridays... Basta ser 6a. feira que eles estão lá! A gente pode dividir as atas. Terça- feira, na casa de alguém, a gente fala sobre dieta, moda, perfumes, sexo, homem, homem e homem. E no almoço de sexta, num restaurante, a pauta seria: política, cinema, esportes, carros... Que tal? ‘Tá, tudo bem. A gente pode fazer umas concessões, caso tenhamos ido à boate na véspera...



Carolina Sousa Martins

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