No rastro vermelho em que o sol ‘inda aquece foi que te aprendi.
Mais Céu na Terra, eu pedia.
O céu daqui, eu dizia, me faz gostar mais do dia.
Na ilha em que brilha Brasília foi que te entendi. E aí me rendi...
Às nuvens loiras que, leves ao vento, escondem o azul do teu olhar
E ao pôr da noite são poesia crua, de estrelas e lua
A refletir suas fases ante a tua face nua.
E eu a querer a vida no céu da boca tua, sem nunca me molhar...
Mas se a névoa que chora do céu a primeira gota de fel
Pressente a partida d’um homem-cometa,
Aborto no amor-de-proveta a tempestade em gestação.
Que esse cometa, não me cometa, nem comprometa,
E, no ocaso do amor, não nos acometa a falta de céu na imensidão,
Assim na Terra como no Mel, nessa cidade sem arranha-céu.
Carolina Sousa Martins
2005
sexta-feira, 11 de julho de 2008
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