sexta-feira, 11 de julho de 2008

Também “num” quero mais...



Encontrou seu namorado. Achava estranho chamá-lo assim, mas já que era o único que quisera um compromisso sério com ela em dois anos... resolveu aceitar. Ele apareceu na festa com uma pasta amarela. Mas ela nem percebeu. Seus amigos chegaram. O namorado não se entrosava. Ela ficava irritada. Era seu aniversário.

Para seu desespero, o amigo “do outro” se aproxima. É. O amigo daquele por quem o coração quer sair pela boca como gorila preso na jaula. O amigo daquele homem-cometa, que passa, não fica, mas cuja visita vale a pena. Toca o celular do amigo. É ele quem liga. O homem-cometa. A primeira e última pessoa que ela queria agora. O amigo, “muy amigo”, nem atende. Passa o telefone pra ela. E ele aparece atrás dela, enquanto ela ainda acha que lhe fala ao telefone. “Vocês fazem um belo casal”. Ele ironiza. Ela disfarça. Ele vai embora com o amigo, enquanto ela escreve, num olhar de desespero, pra amiga (tinha que haver uma amiga!), que quer ser tirada dali de qualquer jeito. A amiga lê. E providencia: “vamos ao banheiro?” “Vaaaaaa-moooooooo!!!”

Era o que ela precisava. Antes de discar, “hesita entre o bom senso e o bom sexo”. E daí, entre o sim e o não, opta pelo “foda-se”. Liga. Ele atende. Acaba o cartão. Ele liga de volta. “Cadê você?” “No mesmo lugar.” “Vem pro lado esquerdo do palco.”

“Não quero brincar de gente grande mais não...Devolve minha pazinha???”


Carolina Sousa Martins

Um comentário:

Unknown disse...

É... as vezes, a gente tá brincando de "pazinha" e nem sabe...
;D